Vereadora relata assédio moral e divergências políticas quando era secretária
Na última edição do programa Café Interativo, da Sulminastv, a vereadora Luzia Martins, ex-secretária de Promoção Social, revelou detalhes sobre seu tempo no cargo, destacando um ambiente marcado por assédio moral e conflitos políticos. Durante a entrevista, Luzia descreveu seu sofrimento ao ser constantemente questionada pelo prefeito Sérgio Azevedo sobre a presença de moradores de rua na cidade. Segundo ela, essas situações eram recorrentes nas reuniões de secretariado, tornando o ambiente constrangedor e desgastante.
“Eu fui muito assediada moralmente. O que você está fazendo que os moradores de rua estão aí?”, relatou Luzia, lembrando as pressões que enfrentava diariamente. Além disso, Luzia mencionou uma reunião na qual o prefeito anunciou a intenção de acabar com os projetos e instituições sociais, enquanto o então vice-prefeito, Flávio Faria, permaneceu em silêncio. Essa falta de apoio e compreensão a levou a perceber que “ali não era seu lugar”.
Diante dessas adversidades, Luzia refletiu sobre sua permanência no cargo e sua trajetória política. “Quando eu reconheço que não é meu lugar, eu não fico esperneando. Eu saio!”, afirmou ela, demonstrando sua determinação em buscar novos caminhos. (Sulminastv).
Audiência pública discute situação dos trabalhadores no antigo aterro
Com as presenças dos secretários Franco Martins (Sedet), Marcela Brito de Carvalho Messias (Promoção Social) e Anderson dos Santos (adjunto de Serviços Públicos), além de Itamar Carlos da Silva representante das famílias que desenvolviam atividades no aterro e o representante da Comissão de Direito do Trabalho da 25ª Subseção da OAB, advogado Roldão Santiago Bandola de Oliveira Filho, a Câmara Municipal realizou ontem mais uma audiência pública, que desta vez discutiu "os trabalhadores do antigo aterro sanitário".
Conduzida pelo autor da proposta, vereador Diney Lenon, a audiência contou com as presenças dos vereadores Lucas Arruda e Kleber Silva, além de ex-trabalhadores do aterro e seus familiares. Posteriormente chegaram os vereadores Tiago Braz, Luzia Martins e Douglas Dofu. "Esta audiência é o que a gente pressupõe como princípio de democracia. Vivemos em uma sociedade democrática, temos os poderes constituídos e desses poderes, o Legislativo é o mais acessível que a população procura e apresenta suas demandas", afirmou Diney. Segundo ele, o fim das atividades do aterro, por conta de legislação ambiental, prejudicou as famílias que dali tiravam seu sustento, tinham uma renda e que após o fechamento do aterro estão enfrentando dificuldades. "Nós não observamos um projeto articulado do poder público que pudesse garantir para essas famílias uma nova oportunidade de renda”, afirmou Diney.
Município ofereceu ajuda
A secretária de Promoção Social, Marcela Brito, informou que em 2022, quando as atividades naquele local foram encerradas, foi feita uma busca ativa pelos trabalhadores no aterro e identificadas 69 pessoas, 49 famílias e verificado que elas se enquadravam nos critérios da assistência. "Não foi criado um plano, não foi feito nada específico para elas, o que foi feito foi a verificação se eles se enquadravam nos critérios para o Bolsa Família e mais o Transferência de Renda, que é uma lei municipal, onde podem ser contemplados. Naquele momento quase todos se enquadravam para fazer a inserção, além disso o benefício da cesta básica, da cesta verde. Naquele momento foi ofertado a eles tudo o que o município poderia dar", garantiu a secretária.
Não houve política específica para atendimento
O secretário da Sedet, Franco Martins, garantiu que Poços está numa fase crescente de geração de empregos e que no ano passado fechou no Caged com 1.242 vagas positivas e em 2024 em janeiro e fevereiro foram 502 novas vagas aberta, segundo o Caged. Fora isso, com subsídio do município, o secretário informou que a Sedet está promovendo a capacitação de emprego junto ao Senai, que é feita conforme as demandas das indústrias que estão operando no município. "Isso abrange todos os setores. Não temos uma política específica para esta população do aterro e, sim, uma política pública para todos os setores da cidade", explicou o secretário.
Oportunidade de emprego
O representante da OAB, Richard Bandola de Oliveira, defendeu que seja dada uma oportunidade para todos os ex-trabalhadores do aterro. "Estas pessoas que foram, entre aspas, desalojadas do seu emprego em decorrência dessa situação poderia ser dada uma oportunidade a elas de conseguirem empregos nessas empresas. É um encaminhamento, porque se pensar bem nós não podemos ficar dependentes dos benefícios, aos poucos temos que ir se desvencilhando. Essas empresas poderiam dar uma oportunidade a essas famílias", sugeriu.
Doença chamada indiferença
O ex-prefeito e presidente do diretório municipal do PT, Paulo Tadeu, por sua vez, afirmou que um dos grandes problemas que enfrentamos atualmente no mundo é uma doença terrível chamada indiferença. "Indiferença com o destino do outro, como sofrimento do outro, com os resultados das minhas ações em relação as outras pessoas, indiferença em relação as possibilidades de sobrevivência. Vivemos em um mundo de indiferentes", lamentou.
Essa indiferença, segundo ele, é facilmente observável em Poços, porque todas as ações de governo nos últimos anos desconsideram os efeitos sobre as pessoas.
"Desconsideram, por exemplo, como vai sobreviver a pessoa que vendia artesanato no Véu das Noivas, como vão sobreviver as pessoas dos carrinhos de lanche, como vão sobreviver os ambulantes dos carrinhos de pipoca, pastéis, caldo de cana, essas coisas que historicamente Poços sempre teve", afirmou o ex-prefeito.
Para ele, há um discurso legalista para justificar isso tudo: "esse pessoal está ocupando o espaço público ilegalmente".
EM OFF
* Ainda sobre os problemas que surgem em telhados de escolas e demais unidades de ensino administrados pela secretaria de educação e principalmente, pelos próprios diretores e coordenadores das unidades de ensino, um empresário que presta este tipo de serviço para o município esclarece que o problema nem sempre está na substituição do telhado, mas sim, na sua manutenção que na maioria das vezes é feita por uma outra empresa contratada pela secretaria de obras para prestar manutenção em prédios públicos.
* São vários os casos em que ao fazer a manutenção do telhado, os funcionários terceirizados o fazem sem o devido cuidado, quebrando ou deixando telhas fora de lugar o que ocasiona infiltrações de água quando chove. É preciso que os responsáveis pelas unidades de ensino fiscalizem este tipo de serviço para que a culpa não seja creditada a empreiteira que efetuou a troca. É isso.
* Estava prevista para a manhã de ontem, uma reunião entre o ex-deputado Carlos Mosconi e o prefeito Sérgio Azevedo. A pauta da conversa seria a definição em torno dos nomes que irão compor a chapa para a disputa dos cargos majoritários (prefeito e vice) do grupo situacionista. Tudo leva a acreditar que Paulo Ney será o candidato a prefeito, por se tratar de um nome de consenso entre as lideranças do grupo.
* Um dos preferidos para ser candidato ao cargo seria o jovem empresário Leonardo Miguel Severine que chegou inclusive a ser convidado pelo deputado federal Domingos Sávio, presidente do PL em Minas, durante um jantar no dia anterior ao evento do PL em Poços. Como Leonardo hoje ocupa um cargo de destaque nacional, que é a presidência da Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados, não deve aceitar o convite.
* Na verdade o fato de o vice-prefeito Júlio Cesar de Freitas, do União Brasil ter demorado muito para dar a resposta se aceitaria ou não, ser o candidato a prefeito, isso acabou prejudicando o próprio grupo que à espera do vice, deixou de projetar um nome para ganhar destaque na disputa. Agora só resta correr atrás do prejuízo. Também é fato que os dirigentes do União Brasil, Tiago Cavelagna e Antonio Donizetti Albino, tem culpa no cartório pelo fato de o tempo todo garantir que o vice aceitaria o desafio.
* Com a situação criada, não existe outra saída e a composição da chapa que vai representar o grupo da situação terá que contentar o União Brasil e ao mesmo tempo o PL, que se ficarem de fora já ameaçam até aderir a outra candidatura, no caso a de Ulisses Guimarães, do MDB. A solução seria filiar Paulo Ney no União Brasil e indicar para vice o vereador Marcelo Heitor, do PL, aliás um excelente reforço pelo fato de atrair o segmento evangélico, além dos votos dos eleitores que preferem votar em candidatos da direita, liderada por Bolsonaro. Para não falar no excelente fundo eleitoral que estará à disposição do PL durante a campanha.
* Enquanto a situação ainda esteja quebrando a cabeça para escolha dos seus candidatos, os adversários, todos eles, se preparam para durante a campanha atacar as falhas da gestão comandada pelo prefeito Sérgio Azevedo. Como representantes do atual governo, os candidatos, com certeza, terão muitas dificuldades para defender o governo atual e acima de tudo garantir aos eleitores que o atual prefeito não continuará dando as cartas num futuro governo.
* Esteve concorrido, ontem, o café organizado pelas mulheres do União Brasil, com Diva Funchal à frente, para fortalecer a ala feminina do partido e as mulheres de maneira geral. Destaque no evento para a presença da pastora Mel Maximiano, mostrando muita animação com sua pré-candidatura a vereadora, embora ainda não tenha assinado a filha de filiação no partido.
Aos leitores
O blog faz uma pausa e voltará a ser atualizado na próxima segunda-feira. Tenham todos um bom feriado.