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Projeto não satisfaz charretistas e nem a causa animal

O vereador Flávio Togni de Lima e Silva disse que o projeto do executivo para o fim das charretes de tração animal não atende as expectativas dos charretistas e nem da causa animal. Flavinho lembrou que da primeira vez que o projeto foi enviado à Câmara, houve o clamor para que se fizesse um estudo e que os charretistas não ficassem à mercê de qualquer projeto sem que houvesse um estudo aprofundado e com soluções. "O projeto também não trata da causa animal porque não fala o que será feito com os mais de 100 animais", analisou o vereador.

De acordo com Flavinho, os charretistas, após a medida, podem não ter como cuidar desses animais e não dá para saber o que será feito com eles. "Acho que o executivo deve reavaliar este projeto o mais breve possível, para que ele possa contemplar os anseios da população e da causa animal. Não podemos deixar simplesmente ao Deus dará e depois ter que resolver o mal sucedido. É preciso, e sou favorável neste sentido para que se crie um local para levar esses animais todos e que os proprietários recebam uma indenização. Estamos fazendo uma transformação que é necessária para a cidade, mas não podemos fazer isso de qualquer forma, como está no projeto, sem pensar, sem discutir coisa nenhuma. Aliás essa Casa ficou sabendo da reunião e da coletiva duas horas antes", informou Flavinho.

Paulo Ney diz que desincompatibilização é um até breve

Ontem, no seu segundo dia fora da prefeitura, já que teve que se desincompatibilizar do cargo de secretário de governo para ser candidato a prefeito, Paulo Ney afirmou que a sensação é "péssima".

Em entrevista ao programa Café Interativo, da Sulminastv, ele lembrou que desde o início do governo de Sérgio Azevedo participou de tudo que aconteceu na prefeitura e que agora, além de deixar o trabalho, deixa mais do que companheiros de trabalho, mas amigos que fez ao longo da jornada de 7 anos e meio na administração municipal. "Acho até que é um até breve, mas fiquei muito feliz pelo carinho com que todos me conduziram para esta nova jornada que eu pretendo seguir", declarou.

Analisando pedido de cassação do prefeito

Paulo Ney disse que respeita muito o Legislativo e que é uma prerrogativa dos vereadores o poder de fiscalização, é o trabalho deles. "Eu respeito muito eles terem entrado com o processo, não vejo problema algum, estão ali para fiscalizar e a gente aqui para responder. Eu acredito e torço para que não seja uma manifestação política. Todo ano de eleição a gente vê a abertura de processo de cassação, CPI, não foi diferente na última eleição do Sérgio e ele passou por cima disso, foram mais de 20 processos durante estes 7 anos e meio, 20 denúncias todas infundadas, todas a prefeitura respondeu e não tivemos nenhuma acusação relevante", lembrou o ex-secretário de governo.

Segundo ele, é preciso avaliar se foi uma atitude de trabalho da Câmara Municipal ou se foi uma atitude política, porque se for uma atitude política é preciso repudiar, isso porque os questionamentos vão chegar até a população. "Se a população avaliar que foi uma coisa eleitoreira e política, será vista com maus olhos", afirmou.

Como é fim de governo e o ano é de eleições municipais, Paulo Ney afirmou que, às vezes, as últimas armas que sobram para uso político são estas, mas que confia e quer acreditar que tudo o que está sendo feito pela Câmara, inclusive este processo de cassação, será apenas para uma investigação. "E não vamos ter nenhum problema", garantiu ele.

Partidos de apoio e da base

Como as convenções só vão ocorrer no final de julho e começo de agosto, Paulo Ney acredita que muita coisa ainda vai acontecer. "Hoje tenho como base de apoio a minha candidatura o partido Novo, o PSD e o Republicanos, que já manifestaram apoio, além do PSDB, que é o partido ao qual eu estou filiado. São partidos que estão caminhando com o governo. É lógico que no início do governo tínhamos outros, a base era composta por quase 10 partidos e hoje, por interesses totalmente legítimos, porque as pessoas têm a prerrogativa de se lançarem candidatas, esse grupo ficou reduzido, mas não quer dizer que isso ficará assim até o final do prazo para as convenções", analisou Paulo Ney.

Decisão de candidatura é definitiva

Paulo Ney garantiu que é uma pessoa de muito diálogo e que está sempre aberto para conversar com qualquer pessoa, com qualquer pré-candidato.

"Inclusive eu converso bastante com a oposição, gosto de ouvir e não descarto nada. A única coisa que está descartada é eu ser vice ou compor de alguma forma, em alguma chapa. Eu sou o pré-candidato, continuo sendo e serei, candidato a prefeito", enfatizou. Esta decisão, segundo Paulo Ney, é sua, foi tomada há alguns meses e é definitiva.

Recursos para o Cismarpa

Acompanhado do presidente da Câmara Municipal, Douglas Dofu, o deputado estadual Rodrigo Lopes, do União Brasil, esteve no Cismarpa onde anunciou recursos da ordem de R$ 300 mil para a realização de cirurgias oftalmológicas. "Um dos grandes gargalos na área da saúde são as cirurgias oftalmológicas. Temos um fluxo intenso de cirurgias, que não estão sendo suficientes para atender, não só Poços, mas também outros municípios. Para isso precisamos, cada vez mais, de recursos pra dar vazão a essas cirurgias tão importantes para os pacientes. Desta forma, estamos aqui para anunciar os recursos de R$ 300 mil", anunciou Douglas Dofu.

"Uma alegria poder dar nossa contribuição ao Cismarpa. Tive a oportunidade de ser presidente desse consórcio, enquanto prefeito de Andradas, e estamos começando aqui nossa participação colocando o valor de R$ 300 mil, que serão suficientes para realizar, pelo menos, 350 cirurgias oftalmológicas", anunciou Rodrigo. Segundo ele, isso é só o começo e tem muito mais por vir e está trabalhando na gestão junto a Secretaria de Estado para obter mais investimentos.

   EM OFF   

* Dificilmente o prefeito Sérgio Azevedo terá o seu mandato cassado pela Câmara Municipal, mas a análise da proposta de cassação deve agora seguir para análise das comissões permanentes, onde serão ouvidos, além do prefeito, pelo menos dez testemunhas e neste período a denúncia e o pedido de cassação continuará como uma das principais pautas da mídia, provocando enorme desgaste não só ao prefeito, como também na sua administração, com reflexo direto no candidato que ele está apoiando para ser o seu sucessor.

* A aprovação do pedido de cassação do seu mandato é a prova maior de que o chefe do executivo, graças ao seu comportamento individual e prepotente, está colhendo agora, no final do segundo mandato, a acusação (verdadeira, por sinal) de ter feito uma má gestão não só no setor administrativo, mas também na condução política das ações de governo.

* Além de deixar inúmeros problemas para o seu sucessor, ainda irá transferir para o próximo prefeito uma dívida em torno de meio bilhão de reais, fato que será exaustivamente explorado durante a campanha eleitoral, além de ter jogado no ralo, por conta de uma gestão incompetente, nada menos do que R$ 309 milhões, repassados aos cofres da prefeitura a título de dividendos pelo DME.

* Paulo Ney esteve ontem no Café Interativo, da Sulminastv. Apesar de ser um bom moço, correto e esforçado em tudo o que faz, dá para notar que ele foi colocado em uma saia justa ao ter que defender a atual administração. Terá muita dificuldade ao participar dos debates e ser questionado sobre as lambanças do governo que são de responsabilidade exclusiva do chefe do executivo.

* A aprovação do pedido de cassação do prefeito Sérgio Azevedo foi sem dúvida, um desastre para a administração, a ponto de outros partidos, entre eles, o próprio PL, repensar o fato de um possível candidato a vice filiado ao PSDB. “Isso porque hoje alguém ligado ao governo mais tira do que acrescenta votos”, disse ao blog um representante do Partido Liberal.

* Paulo Ney confirmou na entrevista a Sulminastv que o partido Novo fechou com a sua pré-candidatura a prefeito. Pelo histórico do que o governador Romeu Zema fez para Poços de Calda, nestes seis anos de governo, o partido de Zema não acrescenta nada ao candidato.

* Ainda sobre Paulo Ney, segundo a Promotoria Eleitoral, após ter deixado o cargo no último dia 3, a partir de agora, na condição de pré-candidato, sua desincompatibilização terá que ser de fato e de direito, sob pena de cassação de um futuro registro da candidatura. A máquina pública/administrativa não poderá ser usada, estando ele impedido de participar de qualquer ato que envolva a administração municipal.

* Os telefonemas para João Grandão, dados pelo presidente do Republicanos, Demilton Vacarelli, antes da votação do projeto de cassação do prefeito surtiram efeito. João Grandão era do MDB e agora está filiado ao Republicanos e por conta disso, deve obediência ao Demilton que exigiu seu voto contra o projeto.

* "O Cemitério já não é um local de trabalho agradável, mas as condições que estes servidores estão trabalhando são inacreditáveis. Tem uma sala de repouso suja, com piso quebrado, entulhada de material de construção, sem vidro, sem local nem para sentar, tem um sofá que veio pelo cata-treco, banheiro sem vidro, totalmente inapropriado", lamentou, na Câmara Municipal, a vereadora Luzia Martins.

* E o escândalo registrado no Hospital Margarita Moralles, na zona sul, onde um médico de plantão foi flagrado fazendo sexo com uma enfermeira continua rendendo notícia na mídia nacional. Ontem o G1, nacional, baseado na ocorrência registrada em Poços, publicou o depoimento da advogada e mestre em Gestão Pública e Sociedade, Paula Quinteiro Felix Seguso sobre o episódio. “A prática de ato sexual, libidinoso ou obscenidade no ambiente de trabalho configura incontinência de conduta, sendo considerados inadequados para o local de trabalho”, disse ela após ser indagada se o caso pode resultar em demissão por justa causa do casal envolvido.

* A não ser que seja editada uma edição suplementar, durante o expediente, até as primeiras horas da manhã de hoje no diário oficial do município não estava publicada nenhuma portaria exonerando algum ocupante de cargo de primeiro ou segundo escalão para concorrer nas próximas eleições a cargos no executivo. A expectativa era de que o secretário de obras José Benedito Damião fosse exonerado para concorrer ao cargo de vice-prefeito.