Prefeito de Poços vai ganhar mais que o governador
A Câmara Municipal aprovou o Projeto de Lei Nº 113/2024, que define os valores dos subsídios dos principais cargos políticos do município para o período de 2025 a 2028. Aprovada e sancionada pelo Prefeito Sérgio Antônio Carvalho de Azevedo, a nova legislação determina que não haverá reajuste nos valores atualmente em vigor, mantendo os salários congelados e o aumento será válido para a próxima legislatura, com início a partir de janeiro de 2025.
Com o reajuste aprovado, o novo prefeito de Poços de Caldas passará a receber mensalmente R$ 40.559,75; Vice-Prefeito R$ 21.631,86; Secretários R$ 15.683,09 e os vereadores R$ 15.940,03 mensais. O projeto segue as diretrizes estabelecidas pela Constituição Federal e pela Constituição do Estado de Minas Gerais, além de estar em conformidade com a Lei Orgânica do Município.
Depois de reajustar o próprio salário em 300%, o governador Romeu Zema recebe hoje um salário de R$ 39.717,69
Zema estará hoje em Poços para fazer campanha eleitoral
No final da noite de ontem o candidato a prefeito Paulo Ney postou mensagem em seu Instagram convidando a todos para uma caminhada que acontece hoje, às 16 horas, com a presença do governador de Minas Gerais, Romeu Zema.
"Venha para a caminhada com o governador Romeu Zema, saindo do Palace Casino, às 16 horas. Junte-se a nós e faça sua voz ser ouvida. Eu e o Dr. Eduardo Januzzi somos os únicos candidatos a prefeito e a vice que temos o apoio do governador Romeu Zema", garantiu Paulo Ney.
Antes da caminhada, às 15h30m, segundo convite distribuído pela coordenação da campanha, o governador estará no auditório do Pálace Casino, onde irá proferir palestra para líderes empresariais, falando sobre a importância da parceria do governo com as empresas e indústrias de Minas.
Avanços na desburocratização
Paulo Ney, candidato a prefeito pelo grupo da situação, lembrou que o Poços Fácil trouxe grandes avanços na desburocratização, reduzindo significativamente o tempo de abertura de empresas e criando um ambiente mais ágil para os empreendedores. "Precisamos avançar nisso, tornar esses prazos mais curtos pra favorecer o empreendedor", defendeu.
De acordo com ele, novos planos estão em andamento para continuar facilitando a vida de quem quer investir em Poços de Caldas criando um ambiente de negócios cada vez mais eficiente.
Reforço na campanha e reafirmação de apoio
O entrevistado pelo programa Café Interativo, da Sulminastv, ontem, foi o candidato a prefeito pelo MDB, Ulisses Guimarães, que confirmou que seu irmão Elias, que é concursado no Seabre nacional, tirou 15 dias de férias e está desde a última sexta-feira em Poços, para reforçar na sua campanha. Ulisses confirmou também que o deputado federal Newton Cardoso Júnior, presidente do MDB de Minas, esteve visitando a região e aproveitou para vir a Poços, quando reforçou que as portas estarão abertas em Brasília, caso ele seja eleito.
"Temos portas abertas em Brasília e no governo estadual e tenho certeza que vamos fazer muito mais por Poços", garantiu Ulisses.
Plano Diretor é uma colcha de retalhos
Ulisses disse também que economicamente Pouso Alegre passou Poços de Caldas, e tem um PIB maior do que o nosso, com geração de emprego e renda. "Passou, porque em Poços faltaram políticas públicas sérias, de verdade, falta planejamento, gestão eficiente para atrair novos negócios, para fazer com que a cidade avance e melhore muito mais. Não dá para aceitar isso e a gente sabe que os problemas que Poços apresenta são por falta de planejamento", garantiu ele.
Durante campanha o candidato disse que tem conversado muito com empreendedores, que querem gerar empregos na nossa cidade e que já têm seus negócios e querem ampliá-los e que encontram dificuldades na prefeitura para fazer isso."Hoje Poços não tem planejamento. Temos um Plano Diretor que a última revisão foi em 2006, sendo que por lei temos que fazer revisões de 5 em 5 anos e isso não acontece aqui. Nosso Plano Diretor é colcha de retalhos, uma das dificuldades é aprovar um projeto na Secretaria de Planejamento. A Secretaria de Planejamento virou só secretaria para aprovar projetos e ela não pensa no futuro da cidade, não pensa Poços para hoje, para amanhã, para daqui 5, 10, 15, 20 anos e esta falta de planejamento é muito grave", lamentou Ulisses.
Discutindo turismo e cultura
Já o candidato a prefeito Marcelo Heitor, do PL, acompanhado de sua vice Regina Cioffi, participou de uma sabatina no Convention Bureau e de lá surgiram várias ideias na potencialização do turismo. "Estas ideias certamente vão nos ajudar muito na construção do nosso plano de governo junto ao turismo, junto à cultura, que tem fortalecido a economia no nosso município e nós sabemos que podemos avançar muito", afirmou Marcelo. "Foi fantástico, muitas ideias, um pessoal muito engajado no desenvolvimento da cidade e nós estamos muito felizes por pessoas que querem o desenvolvimento e o crescimento de Poços", declarou Regina.
Deu BO
O candidato a prefeito pela coligação "Poços Para a Nossa Gente", Marcelo Heitor, registrou um boletim de ocorrência policial nesta semana. "Infelizmente, além das mentiras e ataques que eu tenho recebido, estão destruindo e roubando nossos materiais de campanha", denunciou.
Marcelo informou que sua campanha tem sido limpa e com muita responsabilidade. Com recursos públicos foram colocadas algumas de suas bandeiras por algumas regiões da cidade e muitas delas estão sendo roubadas e vandalizadas. "A pergunta que fica é: quem está fazendo isso? Seja quem for, a verdade é uma só: estamos crescendo e a nossa campanha tem alcançado as pessoas e por isso vamos seguir firmes", garantiu.
Mineradoras sem fiscalização
"O orçamento executado pelo município de 2023 foi de R$ 1 bilhão. Se eu perguntasse se a gente poderia dobrar o orçamento do município com a arrecadação em relação a mineração, se isso fosse importante para o município, eu tenho certeza que todo mundo levantaria a mão. Mas se eu perguntasse se nós arrecadássemos R$ 1 bilhão a mais, mas custasse a vida do filho de cada um de vocês, alguém levantaria a mão e acharia que vale a pena? Ninguém levanta, né", afirmou Eloísio do Carmo Lourenço candidato a prefeito pelo PSB.
Segundo ele, se Poços fosse Brumadinho e tivéssemos a proposta de uma Vale vir para cá, certamente o assunto poderia ser discutido dessa forma, "porque o futuro mostrou que quando a gente não tem cuidado, quando não tem transparência, quando a gente não cuida, o que acontece é a morte".
"Quantos filhos morreram naquela atividade em Brumadinho?", questionou.
EM OFF
* Claro que a presença de um governador do Estado a Poços é sempre motivo de satisfação e alegria para a população. Hoje Romeu Zema estará na cidade fazendo campanha política para o candidato a prefeito pelo grupo da situação. Mas como ele não fez praticamente nada por Poços de Caldas nesses seis anos de governo, sua visita a Poços seria um motivo de maior satisfação para todos, se ele aproveitasse para anunciar a liberação de recursos para o Município.
* Poderia, por exemplo, destinar alguns milhões de reais para a área da saúde, como a construção do Centro para Tratamento Oncológico, também conhecido como Hospital do Câncer. Afinal de contas, por ser a maior e mais importante cidade da região sul, Poços merece, pelo menos uma parte dos impostos que o Governo do Estado arrecada por aqui. Né mesmo governador?
* A mensagem encaminhada pelo prefeito Sérgio Azevedo ao legislativo e aprovada pelos vereadores aumentando os salários do chefe do executivo, do vice e secretários é uma demonstração de que ele não está nem aí para o alerta feito pelo Tribunal de Contas do Estado, sobre o fato de a prefeitura de Poços já ter atingido o limite máximo constitucional com gasto para pagamento de pessoal.
* Também não demonstra preocupação com o fato de a prefeitura estar acumulando um déficit anual na casa dos R$ 100 milhões, antes mesmo de ele assumir o governo, em janeiro de 2017. Só para lembrar, logo após assumir o governo, em 2 de fevereiro daquele ano, Sérgio Azevedo anunciou o cancelamento do reajuste aprovado no exercício anterior, reduzindo em 10,67% o seu salário, também do vice e dos secretários. Com o reajuste, o novo prefeito receberia R$ 29 mil mensais. A justificativa para o cancelamento era de que estava assumindo o cargo com um déficit anual na casa dos R$ 150 milhões.
* Se é verdade que os sete candidatos a prefeito em Poços de Caldas já fazem tudo o que é possível para se tornarem mais conhecidos dos eleitores, imaginem então como anda a luta entre os 250 candidatos à vereadores que disputam as 15 cadeiras da Câmara Municipal. Neste caso o corpo-a-corpo e o conhecimento pessoal é o que mais importa para convencer os eleitores a inserir nas urnas o número do candidato que ainda vai depender do quociente eleitoral para se eleger.
* Na disputa pela chefia do executivo, o mais interessante é que os candidatos, inclusive Paulo Ney, do grupo da situação, falam muito, prometem uma série de novas obras e programas, porém, nenhum deles esclarece como é que irão administrar uma prefeitura que mantém um déficit de aproximadamente R$ 100 milhões anuais, há mais de oito anos.
* E ainda falam em contratar mais servidores, se esquecendo que o próprio Tribunal de Contas do Estrado já fez um alerta ao prefeito sobre o fato de os gastos com pessoal terem atingidos o limite constitucional para este tipo de despesa. Lembrando que a prefeitura hoje conta com quase 7 mil servidores, sendo a maior empregadora da região sul-mineira. Apesar disso, faltam professores e agentes de serviço nas escolas, sem contar o número de funcionários que são disponibilizados para prestar serviços para a prefeitura, através da contratação de empresas terceirizadas.
* Nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (18/9), aponta que o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) segue na liderança na corrida pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) com 28% das intenções de voto. Tramonte oscilou positivamente em um ponto percentual em relação ao levantamento da semana passada, variação dentro da margem de erro. Na sequência, em empate técnico, aparecem o atual prefeito e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), com 20%, e o deputado Bruno Engler (PL), que conta com 18%.
* A grande maioria dos leitores do jornal O Tempo é contra a volta do horário de verão no Brasil, que está suspenso desde 2019. Enquete que ficou no ar entre 11/09 e 15/09, com a pergunta "O governo Lula considera retomar o horário de verão no Brasil Você é a favor ou contra?", foi respondida por 5.278 internautas. Desses, 71,28% reprovaram o plano do governo. E cá prá nós, a mudança de horário resolve pouca coisa em termos de economia de energia, até porque você apaga as luzes mais tarde, mas acende mais cedo, né mesmo?
* Contam que ao final do debate entre os candidatos a prefeito, realizado na ACIA, Paulo Ney disse ao seu adversário Eloisio que no seu governo ele quase perdeu a concessão do DME. Eloisio não gostou e respondeu que nesta administração, cerca de R$ 300 milhões do DME foram jogados no lixo, com a utilização em despesas de custeio.
* Para falar a verdade, Eloisio cometeu um erro trazendo um elemento de fora, o João Deon (credo!) para administrar a DME Distribuidora e sua passagem por lá foi sim, um verdadeiro desastre. Mas também é verdade que a atual administração aproveitou muito mal os milhões transferidos das empresas de energia elétrica para os cofres da prefeitura.
* Após desmontar as bases descentralizadas do SAMU que já existiam, a administração do prefeito Sérgio está anunciando o início das obras da Base Descentralizada do SAMU na Zona Leste e Sul. As obras para a construção das novas Bases Descentralizadas do SAMU já começaram. Na região leste, a unidade será instalada nas dependências do Hospital Municipal Gilberto de Mattos, com acesso pela parte traseira, via Rua Coronel Virgílio Silva. Na região sul, a base será localizada na Rua Ametista - 286, no Jardim Kennedy I.
* Difícil entender a assessoria de imprensa do DMAE que nesta época de eleição, quando as caixas dos correios nas residências ficam todas entupidas por propaganda política impressa, decidiu mandar imprimir folders para conscientizar a população a gastar menos água quando temos os veículos de comunicação para fazer este tipo de serviço com mais resultado e conscientização.
* Por falar em falta d’água tratada nas residências, escolas e indústrias, a crise está cada dia mais grave e as manobras feitas pelo DMAE já não conseguem manter os reservatórios das casas cheios, o mesmo acontecendo em algumas escolas. Este é um problema que apesar de ter como causa a longa estiagem uma vez que não chove há mais de 140 dias, está provocando desgaste para o governo municipal.
* Outro assunto que está puxando o governo do prefeito Sérgio Azevedo para baixo é o estreitamento nas esquinas da Rua Assis Figueiredo, a principal rua do centro da cidade. As críticas são quase unânimes contra esta obra que vai contra quem projetou a cidade com ruas largas, facilitando o trânsito de veículos e até mesmo dos pedestres.