Transporte coletivo está cada vez mais complicado na cidade
Durante a convocação feita pela Câmara Municipal ao secretário de Defesa Social, Rafael Tadeu Conde Maria, para abordar a questão do transporte público, ele garantiu que procura fazer uma avaliação muito técnica quanto ao pedido de reajuste da tarifa. "Pedimos as filmagens dos ônibus, fazemos algumas contagens, fazemos comparações para ver se está tudo certo. Procuramos sempre tratar de forma técnica. Não estou fazendo crítica a ninguém, estou dizendo que o que não se tratou de forma técnica no passado, gerou um passivo para o município de R$ 50 milhões e agora isso vai para a conta do município, porque não se tinha parâmetro ou os parâmetros utilizados talvez não fossem os mais adequados para análise da Comissão de Tarifas, onde cada um falava uma coisa e o executivo falava outra. Isso gerou este custo de R$ 50 milhões para os cofres municipais. Lembrando que uma segunda ação, movida pela concessionária anterior poderá condenar o município em mais R$ 50 milhões.
Subsídio do transporte coletivo é um "potencial"
O secretário de Defesa Social disse ainda que não adianta dizer que o sistema de transporte público vai estar em sua plenitude, se não tiver equilíbrio financeiro para custear o sistema. "Neste aspecto, temos que ser realista para dizer que este sistema é o que se permite hoje. Obviamente que nós precisamos buscar outras fontes e o subsídio é uma delas, assim como em outros municípios, para que possamos ampliar o sistema, reduzir a tarifa, equilibrar o custo e atrair mais passageiros, porque sabemos que cada vez que se eleva o valor da tarifa, a concessionária perde mais passageiros", afirmou o secretário
Diálogo na regulamentação do transporte por aplicativo
Sobre a regulamentação do transporte por aplicativo em Poços de Caldas, o pré-candidato a prefeito pelo PSB, Eloísio do Carmo Lourenço, se mostrou favorável, no entanto defendeu o diálogo com as partes envolvidas. "O transporte por aplicativo vem cumprindo seu papel, fazendo um trabalho de inclusive transportar trabalhadores. Agora, a regulamentação de qualquer atividade, ela é sempre importante, mas, o problema, é quando se tenta fazer uma regulamentação sem dialogar, sem conversar com os principais envolvidos, nesse caso, os motoristas de aplicativo", sinalizou. Na avaliação de Eloísio, não dá para mudar a vida de uma pessoa sem conversar, sem dialogar.
"A prefeitura não tá lá pra isso, a não ser que ela defenda outros interesses que a gente desconhece ou talvez a gente até conheça. Eu sou pelo diálogo e o que eu quero é me colocar à disposição dos motoristas por aplicativo para que possamos discutir esse assunto e encaminha-lo da melhor forma", disse o ex-prefeito.
Começa a demolição do Complexo Santa Cruz
Teve início, ontem, a demolição do Complexo Santa Cruz, contando com 10 trabalhadores envolvidos na operação das máquinas. O complexo foi transferido para a empresa que está construindo o Centro Administrativo Municipal, como parte do pagamento. A previsão é que o trabalho de demolição seja concluído em 30 dias, quando em seguida a área será limpa e os entulhos retirados, o que deve durar, no máximo, dois meses.
Com todo este trabalho finalizado, no local deve ser construído um centro comercial com hotelaria e uma praça de alimentação. Interditado em 2015 por problemas estruturais, o prédio foi incendiado em 2016. Ultimamente vinha sendo ocupado por moradores em situação de rua e por usuários de droga. Para iniciar os trabalhos de demolição foram acionados policiais militares e guardas municipais para a retirada e desocupação de 16 pessoas que estavam no local.
Programa Mobilidade Solidária
O vereador Ricardo Sabino está propondo, através de projeto de lei, a criação do Programa Mobilidade Solidária, que visa incentivar a doação de órteses, equipamentos auxiliares de locomoção hospitalares em boas condições. "É muito comum, quando uma pessoa passa por uma cirurgia precisar de uma cadeira de rodas, de um andador ou de uma muleta, sabemos que esses equipamentos são muito caros. Pensei em criar esta lei, visto que muitas pessoas precisam e, por outro lado, há pessoas que tiveram esta deficiência, falta de mobilidade por um período e depois não sabem mais o que fazer com aquele equipamento", justificou. Segundo Ricardo, a Câmara Municipal poderia receber os equipamentos em doações para poder auxiliar as pessoas que precisam. Deles.
EM OFF
* Embora esteja afastado do cargo de secretário de governo, Paulo Ney (PSDB) andou fazendo reunião com representantes dos motoristas de transporte alternativo e discutindo o assunto como se ainda estivesse no cargo. Na opinião de quem entende do assunto, a gravação desta conversa poderá resultar em dor de cabeça para o pré-candidato a prefeito. A gravação da conversa já foi enviada para um escritório de advocacia em BH, para análise e saber se o ex-secretário não infringiu a legislação eleitoral.
* A Associação Comercial encaminhou para os vereadores e também para o prefeito um ofício onde, mais uma vez, reclama doa ambulantes que ocupam várias esquinas da área central, sem serem incomodados pela fiscalização. Interessante é que a ACIA não se manifestou a respeito da construção da Alameda do Lanche, em construção pela prefeitura, que de certa forma, também prejudica os comerciantes devidamente estabelecidos e que pagam seus impostos, aluguéis e empregados em dia.
* A Procuradora Geral do Município Vanessa Gavião, esteve presente na audiência pública sobre o transporte coletivo, realizada na noite de terça-feira e que terminou por volta da uma hora da manhã do dia seguinte. Na sua fala ela informou aos vereadores que o prefeito deve enviar para a Câmara nos próximos dias um projeto de lei concedendo subsídio para a empresa concessionária do serviço e com isto abaixar o custo da passagem.
* Mas a Procuradora também não garantiu que isso vai realmente acontecer, uma vez que estamos em ano eleitoral, há quatro meses da eleição e tal medida poderia ser um facilitador para angariar votos aos candidatos apoiados pelo executivo. Com isso os vereadores deixaram a sessão com a dúvida se o projeto será ou não enviado ao legislativo.
* Lançado quase ao mesmo tempo que o Centro de Tratamento Oncológico (hospital do câncer), de Poços de Caldas, na vizinha Pouso Alegre, a construção do Hospital Oncológico Samuel Libânio, agendou para o dia 30 a inauguração do seu primeiro pavimento. Por aqui as obras do hospital continuam paralisadas por conta de um erro no projeto e também pela falta de recurso financeiro.
* Dinheiro é o que não faltará para os candidatos nas eleições deste ano. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia divulgou como serão distribuídos os R$ 4,9 bilhões do Fundo Eleitoral, o fundão, para os 29 partidos políticos usarem nas eleições municipais. O Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, vai receber R$ 886,84 milhões, seguido pelo Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Lula, com R$ 619,86 milhões, e o União Brasil, com R$ 536,56 milhões. Essas três legendas ficam com mais de R$ 2 bilhões do fundão.
* Os outros partidos ficam com o restante. O PP – R$ 417,2 milhões, MDB – R$ 404,3 milhões, Republicamos – R$ 343,9 milhões, Podemos – R$ 236,6 milhões, PDT – R$ 173,9 milhões, PSD e PSDB com R$ 147,9 milhões cada um, PSB – R$ 147,6 milhões, PSOL – R$ 126,8 milhões, Solidariedade – R$ 88,5 milhões, Avante – R$ 72,5 milhões, PRD – R$ 71,8 milhões, Cidadania – R$ 60,2 milhões, PCdoB – R$ 55,9 milhões, Novo – R$ 37,1 milhões, PV – R$ 45,2 milhões, Rede – R$ 35,9 milhões, Agir, Democracia Cristã, Mobiliza, PCB, PCO, PMB, PRTB, PSTU e UP R$ 3,4 milhões cada.
* A Comissão de Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira, por 14 votos a 12, o projeto de lei que autoriza o funcionamento de cassinos e bingos no Brasil, legaliza o jogo do bicho e permite apostas em corridas de cavalos. O texto segue agora para votação no Plenário do Senado. Durante a votação o Senador Rogério Carvalho (foto) lembrou a época dos cassinos em Poços de Caldas, afirmando que a proibição foi um grande golpe para a cidade.
* Uma emenda do senador Ângelo Coronel (PSD-BA) incluída no texto determinou que os cassinos deverão funcionar em complexos integrados de lazer ou embarcações especificamente destinados a esse fim. Haverá o limite de um cassino em cada estado e no Distrito Federal, com exceção de São Paulo, que poderá ter até três cassinos, e de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas e Pará, que poderão ter até dois, cada um, em razão do tamanho da população ou do território. Como o cassino será liberado apenas para uma estância em Minas, a torcida é para que Romeu Zema não privilegie Araxá, a sua cidade.