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Tribuna Zona Leste 1050x250px

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O plenário da Câmara foi tamado por servidores que eram contra o projeto

Com várias emendas apresentadas pelos vereadores, foi aprovado, ontem, em regime de urgência, em uma sessão bastante tumultuada e que avançou pelas primeiras horas da noite, o projeto de autoria do executivo que altera o regime jurídico dos servidores públicos municipais, passando de celetista para estatutário.

Votaram contra o projeto os vereadores Diney Lenon, Lucas Arruda, Tiago Braz, Silvio de Assis e Luzia Martins.

Servidores lotaram a plateia e parte da rua

A sessão extraordinária foi bastante tumultuada. Com a convocação dos servidores municipais, pelo Sindserv, para que acompanhassem a sessão com abono de ponto em seus locais de trabalho, muitos deles tomaram a frente da Câmara e o trânsito de veículos pela Junqueiras teve que ser interditado.

A porta da frente do Legislativo permaneceu fechada o tempo todo e quem conseguiu entrar, o fez pela porta lateral.

Inicialmente foram distribuídas senhas e aqueles que estavam sem elas tiveram que acompanhar a reunião por um telão colocado na porta da frente, ou então esperar a desistência de outro para repassar a sua senha.

Com o tumulto formado e muitos querendo entrar, toda a corporação da Guarda Municipal que estava de serviço foi para o local, inclusive os inspetores e o comandante. Formaram uma corrente de isolamento na porta de entrada do plenário, onde ninguém mais entrava ou saia, a não ser vereadores, funcionários e e imprensa.

Enquanto a sessão não tinha início, o vereador Diney Lenon juntou-se aos servidores que estavam do lado de fora, incitando a gritar que queriam entrar. Em vídeo gravado e divulgado nas redes sociais em seguida ao fato, é possível ver este tumulto com pessoas caindo e sendo empurradas.

Clima tenso permaneceu o tempo todo

Se havia tensão lá fora, no plenário não era diferente. Com o local tomado por servidores, gritando contra o projeto, vaiando os vereadores da bancada da situação e aplaudindo os da oposição, a sessão ainda demorou para ser iniciada. Temendo pela segurança de todos, o presidente da Casa, vereador Douglas Dofu, pediu reforço policial e acionou os bombeiros para que pudessem avaliar o local para liberar a entrada de mais manifestantes ou decidir pela desocupação.

Com a chegada dos bombeiros foram liberadas mais 20 senhas para a entrada. Para o local foram enviados alguns militares, alguns em trajes civis que permaneceram o tempo todo infiltrados entre os manifestantes acompanhando a movimentação. O próprio comandante da 18ª Região de Polícia Militar, coronel Jardel Trajano de Oliveira Gomes se fez presente na Câmara Municipal.

Com isso, alguns guardas municipais foram para o plenário e se posicionaram atrás das cadeiras dos vereadores, dando-lhes segurança para poderem votar. A tensão era tanta que os vereadores Kleber da Silva e Tiago Braz se estranham antes da sessão, próximo a Mesa Diretora, tendo a 'turma do deixa disso' separado os dois.

A vereadora Regina Cioffi ao chegar afirmou, nos bastidores, que teve o braço torcido e o mostrou marcas vermelhas, enquanto que na platéia, manifestantes gravavam vídeo direcionado à vereadora, afirmando em voz alta que se tratava de encenação.

 

Mantendo a assembleia

Os membros da diretoria do Sindserv se mantiveram o tempo todo na porta da frente da Câmara comandando a assembleia que tinham convocado. Apenas quando o tumulto já tinha diminuído e a sessão se iniciado é que alguns deles entraram para ver e repassar o que estava acontecendo nos bastidores da sessão.

No interior da Câmara, as conversas de bastidores entre alguns servidores era que ali não estava ocorrendo só a votação da mudança do regime jurídico, mas uma antecipação de campanha do processo de eleição do sindicato, marcada para novembro.

Bancada da situação se manteve calada

Mais tranquilo com a presença das forças de segurança no local, o presidente Douglas Dofu abriu a sessão, sendo decidido pelos vereadores que seriam colocadas em votação apenas o projeto de mudança de regime e do plano de cargos e salários. Outros projetos e requerimento incluídos na pauta, que não tinham nada a ver com a discussão do regime jurídico foram transferidos para outra sessão.

Por consenso, foram votadas e discutidas as emendas, uma a uma, num total de mais de 40.

Tentando conseguir um debate, os vereadores de oposição, aproveitando a presença dos manifestantes e utilizando os microfones para palanque político, foram os que mais falaram não poupando críticas e acusações direcionadas para os vereadores da bancada da situação e para o chefe do executivo.

Mesmo diante de ofensas, com citações de nomes de colegas e com questões que por várias vezes não tinham nada a ver com o que estava em discussão, a oposição não conseguiu desarticular os vereadores da situação, que se mantiveram calados.

   EM OFF   

* Quem passou uma noite mais tranquila e com a certeza de ter cumprido a missão foi o secretário de governo Paulo Ney de Castro Júnior, principal responsável pelo trabalho de articulação para que o projeto, que estava parado desde 2008, fosse aprovado pelo legislativo. O secretário não mediu esforços para atender as sugestões feitas tanto pelos servidores como pelos vereadores, demonstrando muita calma e paciência para que o projeto chegasse a votação.

* A estratégia de solicitar uma convocação extraordinária da Câmara para analisar e votar o projeto acabou surtindo efeito positivo e com isso ocorreu a aprovação do novo regime jurídico que vai facilitar o andamento da máquina pública e principalmente a abertura de concursos públicos para a contratação de aproximadamente mil novos servidores.

* Nota fora, como não poderia deixar de ser foi dada pelo vereador-pastor Roberto dos Santos que demonstrou falta de educação e desrespeito para com uma senhora que estava na plateia, afirmando que ela deveria sair dali e ir para casa. A senhora, em lágrimas, deixou o local, provocando revolta nas pessoas que estavam na plateia. Como disse o vereador Diney Lenon, o pastor envergonha o legislativo municipal.

* Faltando ainda um ano para a eleição, ao que parece o pontapé inicial para a campanha foi dada pelo prefeito Sérgio Azevedo na realização do seu encontro com a base aliada que reuniu quase 400 pessoas e impulsionada pela pesquisa do Grupo Cioffi de Comunicação, divulgada esta semana e que em três possíveis cenários de candidaturas a prefeito acomodou praticamente todos aqueles que se mostram dispostos a concorrer ao comando da casa amarela, foi dado o pontapé inicial para a campanha de 2024.

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* Uma mostra disso está no comportamento do “prefeitável” Thiago Mariano, secretário de saúde, que anda sempre acompanhado de uma jornalista a tiracolo, encarregada de divulgar nas redes sociais as ações do secretário que nunca escondeu, desde os tempos de universitário na PUC, o seu projeto de poder. Na festa de lançamento da cerveja @asmarias, lá estava ele, junto com a vereadora Regina Cioffi, candidata ao posto de vice, cumprimentando, abraçando e tirando fotos com todo mundo presente a festa da Cervejaria Gorilaz. Ontem ele postou vídeo nas redes sociais contando sua história desde que deixou a sua cidade natal.

* Já não é mais novidade o incômodo que o prefeito Sérgio está sentindo em continuar filiado ao PSDB do seu amigo Carlos Mosconi, a quem o prefeito é grato e não deseja magoar, até porque deve a ele a sua eleição, quando após abandonar um debate durante a campanha foi consolado e incentivado a continuar na campanha pelo ex-deputado. Só que o grupo dos cabeças brancas, ou seja, os tucanos mais antigos, com apoio do vereador Flavinho se consideram desprestigiados pelo prefeito e até aplaudiriam uma possível desfiliação do alcaide que já tem convite para se filiar no União Brasil. A mudança de partido, se vier a acontecer deve ser após o final do seu mandato.

* Uma correção, quem articulou a vinda do partido denominado Avante para a base de sustentação do prefeito Sérgio Azevedo foi o presidente do União Brasil, Tiago Cavelagna, e não Celso Donato, como anunciado no blog de ontem. O secretário adjunto de serviços públicos, Anderson Roberto dos Santos, que é o primeiro secretário do União Brasil deixará o posto para Gláucia Boareto, segunda secretária para assumir a presidência do Avante.

* E a busca por outra legenda aliada, segundo Cavelagna tem uma explicação. Como na eleição de 2024, cada legenda poderá lançar apenas 16 candidatos a vereança, o Avante será uma espécie de braço avançado do União Brasil para acomodar os candidatos. Que por sinal, serão muitos.

* Na conversa ao pé-do-ouvido que o deputado Rodrigo Lopes terá com o prefeito Sérgio Azevedo, na manhã desta segunda-feira, além do convite para que ele deixe o PSDB e se filie ao União Brasil, o deputado talvez anuncie ao prefeito, como mais um agrado ao alcaide, que vai indica-lo para ser um dos homenageados pela Assembleia Legislativa, como um dos melhores prefeitos do interior mineiro. A informação estava sendo mantida em segredo, para que o deputado fizesse surpresa ao prefeito, mas como um vereador do União Brasil já deu com a língua nos dentes, decidimos antecipá-la.

* Na opinião do prefeito, quem deseja ser candidato a prefeito ou vice, terá que ir à luta para conseguir se sobressair até meados do primeiro semestre do ano que vem quando uma pesquisa para consumo interno será encomendada para avaliar a aceitação de cada pretendente junto ao eleitorado. Quem estiver melhor colocado e reunir mais apoio e condições de vencer será o candidato, diz o chefe do executivo. Isso talvez explique a campanha antecipada de alguns “prefeitáveis”, ligados ao governo.

* Teve início no dia primeiro de outubro e vai até 30 de setembro de 2024, o convênio assinado entre a Prefeitura Municipal de Poços de Caldas e a Liga Poços-caldense de Futebol. Valor do convênio para este período R$ 2.400.000,00. O convênio tem como finalidade a execução do projeto "POÇOS ATIVA" visando a consecução de finalidade de interesse público e recíproco que envolve a transferência de recursos financeiros à organização da sociedade civil (OSC), conforme especificações estabelecidas no Plano de Trabalho. Nunca na história de Poços se viu a destinação de um recurso financeiro tão expressivo para ser administrado por uma entidade municipal ligada ao futebol amador.

* Números do orçamento anual para 2024, apresentado pela Secretaria da Fazenda: Gastos com pessoal - R$ 637.144.360,40; Saúde - R$ 428.903.289,00; Educação - R$ 390.696.913,47