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Sílvio José Ferreira enfatizou que rejeição dos candidatos da oposição deciciu a eleição de Paulo Ney

O empresário e analista político Sílvio José Ferreira, afirmou em entrevista ao podcast 'Café com Manteiga' que estava acompanhando as eleições de Poços desde janeiro.

Para ele, até maio o vencedor das eleições municipais seria o candidato a prefeito Ulisses Guimarães e a candidata a vereadora campeã de votos, a pastora Mel.

"A pastora Mel não foi eleita por coeficiente partidário, mas pela média. O forte dela foi outra candidata, do União, que é a Laís Jardim. Ela foi quem deu força", analisou.

Silvio disse que a maioria dos partidos escolheu as candidatas mulheres para completar as chapas, que o único partido que escolheu as mulheres em condições de se elegerem foi o União Brasil.

"Cada chapa tinha direito a 16 vereadores, sendo 6 mulheres. Alguns saíram convidando mulheres só para formar chapa", afirmou Silvio.

Segundo Sílvio, em maio o prefeito Sérgio Azevedo estava ilhado e o seu candidato, Paulo Ney, tinha só 4%, enquanto Ulisses aparecia na ponta e as pesquisas só falavam o nome dele.

"Ulisses foi o candidato que mais gastou, se organizou e saiu na frente. Este era o momento, olhando para maio. O Ulisses estava despontando na frente. Se a eleição fosse em maio, ele ganharia. Ele estava com 16%, chegou a 23% e começou a cair", analisou o entrevistado.

Em determinado ponto da campanha, de acordo com Sílvio, Ulisses estava com 16% e empatado tecnicamente com Eloísio do Carmo Lourenço, que estava com 11%. Após isso, Eloísio teve uma ascendência e chegou a 21%.

"Houve duas fases: a pré-candidatura e depois a escolha dos vices. O dia que o Ulisses escolheu o vice dele, já caiu. Primeiro a vice era para ser a Ciça, depois Tereza Navarro, depois Dofu e todos achavam que seria o Dofu, um menino excelente", analisou Sílvio.

Paulo Ney venceu pela rejeição dos eleitores aos concorrentes

Para o analista político Sílvio José Ferreira, Paulo Ney venceu as eleições nos últimos 40 dias e não foi pela transferência de voto, mas pela rejeição dos eleitores aos demais candidatos. "O Ulisses não tinha rejeição, mas daí começaram os comentários de quem ele era, da ficha dele e a rejeição começou, foi quando ele caiu de 23% para 16% e se manteve nesse patamar. Com a escolha do vice ele caiu, não pelo vice em si, mas porque ele tinha prometido a vice para outras pessoas, o que desagradou e dividiu o grupo", afirmou.

Sílvio analisou ainda que o MDB, que é o partido do Ulisses, conseguiu fazer apenas um vereador, Flávio Togni de Lima e Silva, com 690 votos, que entrou na média, na rabeira.

"Um candidato que estava em primeiro lugar, que tinha mais de 100 vereadores trabalhando para ele, mal conseguiu eleger um vereador", disse Silvio. Ele afirmou ainda que Eloísio estava confiante em sua eleição, mas que também teve erro estratégico e não conseguiu eleger nenhum vereador. "O PSB não conseguiu fazer nenhum vereador. Se ele tivesse lançado um candidato a mais, teria eleito pelo menos um vereador, que é o Renato Mantovani, que ficou de fora por pouco mais de 20 votos. Talvez um dos mais sofridos aqui foi o Renato. O PSB lançou só 15 candidatos", lembrou Silvio

Balanço dos danos provocados pelas chuvas

O temporal que caiu sobre a cidade na sexta-feira causou alguns danos, entre eles queda de árvores e problemas na rede elétrica.

Para sanar o problema de energia a DMED colocou sua equipe técnica nas ruas e até por volta de 15h30 de sábado, quando os trabalhos de recuperação foram finalizados.

Pelo balanço apresentado pelo Departamento, foram registradas 52 ocorrências de falta de energia, sendo que mais de 48 mil unidades consumidoras foram afetadas. Destas, quase 37 mil tiveram interrupção de curta duração, em torno de 3 minutos.

Um pouco mais de 11 unidades consumidoras foram afetadas com a falta de energia por aproximadamente 3 horas.

Ao total 8 equipes trabalharam no restabelecimento de energia, sendo 4 próprias e 4 terceirizadas. A equipe de poda de árvores da Prefeitura e da Defesa Civil também trabalhou na solução dos problemas.

DME alerta para golpe

O DME emitiu um alerta para um novo golpe que vem afetando consumidores de Poços de Caldas. Neste golpe a pessoa se identifica como representante do setor jurídico informando que o DME estaria devolvendo R$ 1.325,55, correspondente a cobranças indevidas da bandeira vermelha por um ano. Os golpistas solicitam dados pessoais e bancários dos consumidores, que caso se neguem a receber oferecem a possibilidade de doação para o programa Criança Esperança.

HVX

Para dar mais credibilidade a fraude, no final da ligação é fornecido um número falso de protocolo. No "Hora da Verdade" dessa segunda-feira", o jornalista Wiliam de Oliveira entrevista os dois vereadores eleitos em Poços com maior número de votos: Wellington Alber Guimarães, o " Paulista", do PSDB que obteve 3.049.votos e Lucas Arruda (REDE) com 2.882 votos.

"Paulista" tem 49 anos, ex jogador da Caldense, ex Secretário de Esportes e vai para o seu segundo mandato na Câmara.

Lucas Arruda tem 36 anos, é administrador, lider estudantil e vai para o seu terceiro mandato na Câmara.

  EM OFF   

* Quem recuperou o prestígio e está em alta novamente na administração municipal é Celso Donato, um dos coordenadores da campanha vitoriosa de Paulo Ney, ao lado de Thiago Mariano. Ambos têm lugar garantido de primeiro escalão no futuro Palácio do Governo. Celso pode até retornar para a Secretaria de Governo, ou então ser deslocado para a Secretaria de Imprensa, para ficar ao lado do novo prefeito.

* No campo político, uma das prioridades da futura administração será desenvolver um trabalho para que possa chegar fortalecido na eleição de 2026 e com isso tentar eleger deputados ligados ao governo. Sem representantes na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal fica difícil abrir portas e reivindicar recursos para a cidade.

* Enquanto não temos representantes juntos ao governo federal, o futuro prefeito Paulo Ney deveria aproveitar o alto conhecimento que o engenheiro Cicero Machado e Morais, presidente do grupo DME, conquistou nesses anos em Brasília, onde mantém boa relação com autoridades do governo federal.

* E quem sabe até do também engenheiro e ex-secretário de Planejamento da prefeitura de Poços, Gustavo Zarif Frahya, que depois de ocupar altos cargos no governo federal, hoje responde pela presidência da ARSESP – Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo na área de saneamento básico.

* A Comissão Executiva do PT Poços esteve reunida neste final de semana para analisar os resultados das eleições municipais em Poços e principalmente qual será o papel dos dois representantes eleitos pelo partido na Câmara Municipal, Diney Lenon e professor Tiago Mafra. Com certeza deverão trabalhar unidos com outros vereadores de oposição que somam 11 integrantes do futuro legislativo. Pelo menos neste início de governo ao executivo, que contará com uma bancada de apenas quatro vereadores.

* A convite da jornalista Aline Falacci, estarei, a partir das 9 horas desta manhã, na Master Web Rádio, mais uma vez, participando do programa Papo Sob Medida e falando sobre política municipal.

* Fortalecido pelo fato de ter o vereador Marcelo Heitor como segundo colocado na disputa pelo comando da prefeitura, o PL pretende valorizar uma possível adesão ao futuro governo comandado pelo prefeito eleito Paulo Ney. Reivindicam no mínimo 5 cargos de primeiro escalão para aderir ao governo e aumentar a bancada de vereadores da situação.

* O engenheiro Antonio Carlos Alvisi, servidor de carreira e atual secretário de Planejamento, já comunicou ao prefeito eleito que não pretende ocupar o cargo na próxima administração. Com isso, o futuro prefeito está autorizado a escolher um outro nome para comandar a pasta. Caso seja concretizado o acordo com o PL, o nomeado poderá ser Tiago Cavelagna, que já respondeu pelo cargo na primeira gestão do prefeito Sérgio Azevedo.

* Na verdade, esta secretaria deveria sim, voltar à condição de ser o principal setor onde se pensa e planeja o governo e também o futuro da cidade, para não continuar sendo apenas uma simples repartição para aprovação de projetos. O primeiro passo para que isso aconteça seria atualizar as leis vigentes, completar o geoprocessamento e propor um novo Plano Diretor com normas que possam projetar as reais necessidades do município, sem deixar se levar por interesses de alguns empresários da construção civil que pensam apenas nos próprios interesses.

* Ainda sobre este assunto, vale ressaltar que em breve, Pouso Alegre, com os investimentos que estão sendo programados pelo setor industrial, a contratação de mão de obra e com isso atraindo mais moradores, terá uma população maior do que tem Poços de Caldas e será o primeiro município da região sul em núcleo populacional.

* Mas isso não importa, o que interessa a Poços de Caldas é a necessidade de preservar a sua boa qualidade de vida como um município turístico, privilegiado pelas suas belezas naturais, além de um polo universitário e até mesmo uma cidade industrial. Ao contrário de Pouso Alegre, Poços não será apenas uma cidade operária. Por esse motivo é que precisamos valorizar o diferencial da cidade, como turística, com história ligada ao turismo, assim como o fato de ter se transformado em um polo universitário.

* Por isso tudo é que esperamos que a futura administração não seja apenas uma continuidade da atual, mas que volte a pensar grande, valorizando o que já temos e fazendo intervenções que permita a população não só melhorar ainda mais a sua qualidade de vida, além de crescer com planejamento, realizando as grandes obras que a cidade necessita para continuarmos a ter orgulho da cidade onde vivemos e criamos